O Distrito Federal está em estado de alerta devido à baixa umidade do ar. O aviso é da Defesa Civil do DF, feito em função do monitoramento realizado pelo órgão. Isso significa que o ar já está mais seco, o sol brilha intensamente e as chuvas não dão as caras, um pacote que favorece o aparecimento de doenças respiratórias.

As recomendações da Defesa Civil incluem o aumento da ingestão de líquidos, principalmente pelos jovens e idosos, que são os grupos que mais sofrem com a baixa umidade do ar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Essa é uma condição climática que os brasilienses conhecem bem. E que muitos temem com ardor. Sim, porque, entre o inverno e o início da primavera, a capital do país sofre com este período especialmente delicado e a população sente no corpo o rigor do tempo.

“Nesse período, aumenta o risco do aparecimento de doenças respiratórias, como rinite e sinusite, além de crise de asmas. Também aumentam as crises de dermatites, a pele fica mais seca e os olhos, ressecados”, explica o médico Rafael Melo de Deus, pneumologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

“As pessoas também não devem fazer nenhum tipo de queimada, pois a fumaça gerada pode piorar as condições do ar e causar mais transtornos para a população”Coronel Alan Araújo, subsecretário do Sistema de Defesa Civil

O pneumologista é enfático. As pessoas não devem se medicar por conta própria. Ao sentir as manifestações das doenças, devem procurar um especialista. “O medicamento deve ser prescrito pelo médico”, adverte Rafael Melo de Deus.

A economista Vilma Guimarães, 57 anos, empresária no ramo de perícia judicial, vive em Brasília há 32 anos. Quando a umidade do ar baixa, o nariz sangra, o cansaço aumenta e os cuidados redobram. “O que mais sinto é a questão do nariz, que ainda sangra. Tenho que ter cuidado. Essa semana mesmo ele sangrou um pouco. Também sinto mais cansaço”, explica.

Residente em Águas Claras com a família, Vilma redobra a atenção neste período do ano, começando pelo aumento no consumo diário de água. A lista de cuidados, no entanto, inclui outras alternativas para minimizar a situação. “Procuramos comer comidas mais leves, como frutas, e evitamos fazer exercícios físicos nos horários de pico. Também usamos o umidificador para ajudar a refrescar e, quando está muito seco, deixamos toalhas molhadas pela casa. Além disso, evitamos tomar banho esfregando o corpo”, relata a empresária.

Cartilha

Os cuidados de Vilma poderiam ser inseridos em uma cartilha de conselhos úteis para quem não quer sofrer muito com a baixa umidade do ar. Como bem pode ser atestado pela Defesa Civil do DF que, por sua vez, faz algumas recomendações para a população, em função do alerta emitido.

As recomendações incluem o aumento da ingestão de líquidos, principalmente pelos mais jovens e os mais idosos, que são os grupos da população que mais sofrem com a baixa umidade do ar.

O subsecretário do Sistema de Defesa Civil, coronel Alan Araújo, atenta sobre a necessidade de se evitar a exposição excessiva ao sol, no período compreendido entre 10h e 16h. “Se tiver que sair nesse horário, use protetor solar e roupas leves, que vão poder regular a temperatura interna, com a transpiração”, explica.

“As pessoas também não devem fazer nenhum tipo de queimada, pois a fumaça gerada pode piorar as condições do ar e causar mais transtornos para a população”, aconselha o subsecretário do Sistema de Defesa Civil.

Fonte: Agência Brasília