A receita líquida do setor de máquinas e equipamentos registrou crescimento de 16,7% em agosto, na comparação com o mês anterior, de acordo com balanço da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

No mês de agosto houve melhora tanto nas receitas internas (15,8%) como nas exportações (19,4%). Segundo a entidade, o crescimento de agosto elevou as exportações ao patamar pré-crise decorrente da pandemia de covid-19. Além disso, a Abimaq avalia que o mercado externo exerceu maior influencia positiva nos resultados do que as receitas internas.

“Os números recentes indicam que o recrudescimento da pandemia da covid-19, em algumas regiões do globo, em razão da maior infecciosidade da variante delta, não prejudicou a vendas de máquinas no exterior”, divulgou a Abimaq.

No mês, entre os melhores desempenhos na exportação apareceram: máquinas para infraestrutura e indústria de base (39,4%) e máquinas para logística e construção civil (33,5%). Houve redução apenas nas receitas de máquinas para petróleo e energia renovável, com queda de 51,5%.

Apesar da previsão da entidade para os próximos meses ser de queda em relação ao atual nível das receitas, o crescimento no ano deve ficar pouco acima de 20%.

Ano e acumulado

Na comparação com o mesmo mês de 2020, houve crescimento de 25,6% da receita, sendo que as exportações cresceram 78,4% no período e a receita interna aumentou 23,6%.

No acumulado do ano – de janeiro a agosto – a receita superou em 33% a realizada no mesmo período de 2020. No mercado interno, a taxa de crescimento foi de 42%, enquanto a exportação aumentou 28,9%.

O melhor resultado da exportação, no acumulado do ano, ocorreu no setor fabricante de máquinas para logística e construção civil (52,8%), puxado pelo setor de máquinas rodoviárias e também de movimentação e armazenamento de materiais.

Ainda no acumulado, o recorte por destino das exportações mostrou continuidade da recuperação das vendas de máquinas para países da América Latina (51,8%). A China registrou forte aumento nas aquisições de máquinas e equipamentos brasileiros (572%) e os Estados Unidos, principal destinos das exportações de máquinas e equipamentos, registraram aumento de 4,1% nas aquisições. As vendas para os países da zona do euro registraram crescimento de 16,6%.

Importação

Em agosto de 2021 houve recuo de 0,3% nas receitas de importações de máquinas, em relação ao mês anterior. Entre as principais origens das importações atualmente, estão China (25,2% do total de compras), Estados Unidos (18,3%) e Alemanha (13,2%).

Já na comparação com agosto do ano passado, houve aumento de 44,7%. No acumulado deste ano, o aumento foi de 18,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Entre os setores com maior aumento nas importações de máquinas e equipamentos no acumulado do ano, destacaram-se: logística e construção civil (51,8%), indústria de transformação (36,7%) e setor fabricante de bens de consumo não duráveis (35,2%).

No acumulado do ano, houve queda apenas nas importações de máquinas para infraestrutura (38,9%), setor que também teve queda na comparação mensal, caindo 16,5% entre julho e agosto deste ano.

Emprego

O mês de agosto deste ano registrou o 14º crescimento consecutivo no número de pessoas ocupadas no setor. A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês com 365 mil pessoas empregadas diretamente. Em relação ao mesmo mês de 2020, foram criados 57 mil postos de trabalho.

Segundo a Abimaq, as maiores contratações ocorreram nos setores fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e de máquinas para construção.

Fonte: Agência Brasil