Já são 900 histórias de superação que podem ser contadas por quem venceu a covid-19 após um período de internação em um dos três hospitais de campanha do Distrito Federal inaugurados neste ano. Registrada na unidade do Autódromo de Brasília, a alta de número 900 foi da auxiliar de serviços gerais Conceição de Maria Sousa Rocha, de 33 anos.

Conceição é uma das pacientes que venceram a doença, graças ao tratamento em tempo hábil na rede pública | Foto: Ana Povoa/Mediall Brasil

“Essa doença já é muito complicada; quando envolve internação, é ainda mais difícil. Tivemos muito medo”, avalia o marido da paciente, Wesley Martins de Melo, 42 anos. Os primeiros sintomas da covid-19 foram percebidos em 28 de agosto. De acordo com Wesley, Conceição sentia fadiga e dores musculares. Ela então fez um teste rápido, que não detectou a doença.

O teste rápido é recomendado a partir do sétimo dia de sintomas, quando os anticorpos que o organismo produz para enfrentar o vírus são mais detectáveis. Difere do procedimento adotado pelo RT-PCR, que deve ser feito entre o terceiro e oitavo dia dos sintomas.

Novos testes

Mesmo com o teste acusando não ter a doença, os sintomas da covid-19 continuaram surgindo no decorrer dos dias, e foi então que Wesley levou Conceição à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de onde moram, no Riacho Fundo II. Lá foi feito o RT-PCR, que confirmou a infecção pelo novo coronavírus. “Como ela não estava sentindo sintomas muito intensos, fomos mandados para casa”, conta.

Dois dias depois, Conceição passou a sentir febre. Outros dois dias se passaram e a fraqueza muscular agravou-se ainda mais. “Fomos para o Hospital Regional da Asa Norte, onde ela passou quatro dias internada, até ser transferida para o Hospital de Campanha do Autódromo”, detalha Wesley.

Segundo ele, foram três dias de ansiedade e expectativa enquanto a esposa estava internada na unidade provisória. “Poder conversar com ela por videochamada foi essencial para aliviar a preocupação”, diz.

Recuperada após receber assistência multiprofissional, a auxiliar de serviços gerais pôde, enfim, retornar para casa, saindo do hospital aplaudida pela equipe da unidade. “Se a gente já tomava cuidado antes, agora vamos tomar ainda mais”, pontua Wesley.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Agência Brasília