O  ex-goleiro da seleção brasileira e ídolo do Fluminense, Paulo Victor, disse hoje (26) que para um jogador de futebol  chegar a uma seleção brasileira, tem que estar jogando na Europa. Por isso houve essa evasão de ídolos e craques nos campeonatos jogados no país. “Na nossa época não se saia para a Europa. A gente jogava no Brasil. Todos os craques jogavam no Brasil, todos os jogadores de seleção brasileira jogavam no Brasil”, disse. 

No Dia do Goleiro, Paulo Victor, que está lançando uma autobiografia, foi o entrevistado no programa Sem Censura, da TV Brasil, com direito a participações especiais de craques como Zico e Túlio Maravilha.

O ex-goleiro disse que, em seu tempo, nem os treinadores brasileiros saiam para trabalhar na Europa ou mesmo em outros países da América do Sul. “Hoje, inverteu-se a situação. O treinador vem de fora, para mostrar que alguns sabem mais outros brasileiros, mas eu nunca acreditei nisso, porque nós tivemos e temos aqui grandes treinadores de futebol brasileiro. Eu cito vários trabalhadores com quem trabalhei e até novatos que estão começando que tem condições de estarem atuando e não estão porque não tem a oportunidade. Vou citar um, o Andrade. Onde está o Andrade hoje? Começou, foi campeão brasileiro pelo Flamengo, e depois disso não está mais trabalhando. Perdeu-se o espaço.”

O ex-goleiro falou sobre sua trajetória, conquistas, mudanças no futebol e sua passagem pela seleção brasileira em 1986 e pela seleção olímpica, além do seu corte pelo técnico Carlos Alberto Silva da seleção olímpica de 1988.

O parceiro de Fluminense Tulio Maravilha quis saber quais foram os atacantes que davam pesadelos a Paulo Victor. O es-goleiro respondeu que pesadelo todo goleiro tem, mas que jogar contra Luizinho da América era chato demais.

Já o rival rubro-negro, e amigo, Zico, companheiro de seleção, quis saber qual a defesa mais importante da carreira do ex-goleiro. Paulo Victor citou, três que considera de suma importância, principalmente porque valeram títulos. “Foi em 1984, um FlaxFlu que fiz aquela defesa no chute do Elder, uma defesa no chute do Tita e depois no Campeonato Brasileiro, foi com Arthurzinho aos 45 minutos do segundo tempo. Se o Fluminense tivesse tomado aquele gol ali aos 44 minutos do segundo tempo nós teríamos outra partida”, lembrou.

Veja aqui a entrevista completa:

 

Fonte: Agência Brasil