Brandão entre os secretários Rodrigo Lago e Sérgio Delmiro (Foto: Luiz Paula)

Depois de participar, entre os dias 9 e 11 de setembro, da 44ª edição da Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), no Rio Grande do Sul, a convite do governador Eduardo Leite, o Governo do Maranhão adquiriu novas experiências e deve implantá-las para fortalecer a agroindústria maranhense. 

Ainda que muitos setores da economia tenham sido afetados em virtude da pandemia, ocasionada pelo novo coronavírus, o agronegócio surpreendeu em 15 estados brasileiros, de acordo com um levantamento realizado pela MB Associados, empresa que atua na área de análise macroeconômica. Um deles é justamente o Maranhão, que, neste ano, deve ter um crescimento de 3,37% em comparação aos 3,17% estimados para o todo o país. 

Fomento ao pequeno e grande produtor

No entanto, um dos principais motivos da ida da comitiva maranhense, liderada pelo vice-governador Carlos Brandão, ao estado sulista, foi conhecer novas tecnologias e modelos de atuação entre a cadeia produtiva, setor financeiro e empresários, a fim de fazer com que a produção do Maranhão alimente a sua própria cadeia produtiva e, assim, faça fluir a economia e os diversos setores que são ativados com essas produções. 

“São coisas dessa natureza que a gente está procurando, que a gente possa fazer com que o pequeno produtor pegue o seu produto, industrialize e agregue valor para que ele possa ganhar mais dinheiro. A gente viu aqui vários stands, com grandes produtores, equipamentos modernos, grandes máquinas, enfim, tudo muito moderno. Nós produzimos muita soja e milho, que são exportados, mas precisamos gerar outra cadeia, para que o dinheiro fique na mão do maranhense”, destacou Brandão.

A ideia, portanto, é considerar tanto o pequeno como o grande produtor, e não apenas continuar como uma via de escoamento para a produção de commodities, com intuito de gerar emprego, renda e movimentar a economia local.

Para o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, é importante entender a forma de atuar de cada administração, de modo que os estados possam agregar experiências.  

“A despeito das distâncias que nós temos, nos aproximarmos para trocar boas experiências no agronegócio, onde o Rio Grande do Sul é um estado vocacionado, e numa vocação crescente no estado do Maranhão também, onde vai, cada vez mais, se abrindo as fronteiras agrícolas do Maranhão”, avaliou o governador gaúcho.

Rio Grande do Sul: modelo em agricultura familiar e agroindústrias

O Rio Grande do Sul, por sua vez, tem importantes programas de incentivo à agroindústria e às feiras. São 228 empreendedores, entre eles, 90 são formados apenas por mulheres, que são responsáveis por todo o processo de produção; e 48, apenas por jovens. 

Para participar de feiras, que são um grande comércio para a agricultura familiar e agroindústrias no estado, é preciso a obtenção de selo, que atesta a qualidade do produto por meio de registro no serviço de inspeção oficial, a fim de emitir relatório de fiscalização comprovando o atendimento às boas práticas agropecuárias e de fabricação. 

Um exemplo, como explica o diretor de Departamento de Agroindústria Familiar do Rio Grande do Sul, Flávio Smaniotto, é o Selo Arte, destinado a produtos artesanais.

“O Selo Arte é o produto artesanal, com o mínimo possível de uso de maquinários industrializados. Quem tem o Selo Arte ganha um com inspeção municipal e pode vender em todo o país. É superimportante, soja, milho, mas não podemos nos esquecer da agricultura familiar. Então, essa é a nossa saída, pois 70% do alimento que vai para a mesa dos gaúchos são derivados da agricultura familiar e significa 27% do PIB do Rio Grande Sul, por isso essa valorização que o Estado dá para a cadeia das agroindústrias e agricultura familiar”, explicou Smaniotto.

Brandão conhece alguns dos produtos artesanais gaúchos (Foto: Luiz Paula)

Responsável pela pasta da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, a secretária Silvana Covatti destacou a oportunidade de poder contribuir com os pequenos produtores e, consequentemente, com o governo gaúcho.

“Estão aqui empreendimentos conduzidos por mulheres, por homens, por jovens, enchendo este espaço das riquezas produzidas lá no campo”, disse Silvana.

Programas do Governo do Estado

Um grande exportador de commodities, tendo a soja como destaque no cenário nacional, o Maranhão, segundo dados do IBGE, em 2001 deve ter um crescimento de 2,9% em relação à produção do ano anterior no estado.

Os números favoráveis são frutos de programas do Governo do Estado, coordenados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), como o Mais Produção, Agropolos, Mais Sementes, Mais Irrigação, Agricultura de Baixo Carbono, Mais IDH, Agro+ MA, entre outros. 

Além disso, há ações adotadas, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), com intuito de alavancar o agronegócio e o setor pecuarista. Entre os programas, está o Mais Logística e o Mais Avicultura – que já atraiu mais de R$ 80 milhões em investimentos e gerou mais de 4.150 empregos diretos e indiretos.

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Fonte: Agência de Notícias do Maranhão