Painéis contam histórias de instrumentistas maranhenses (Foto: Divulgação)

A Praça Mestre Antônio Vieira, inaugurada pelo Governo do Estado neste sábado (30), em São Luís, traz história, música e cultura para a população. Além do mural de grafite, que retrata obras do músico maranhense falecido em 2009 e sua relação com o bairro Monte Castelo, o novo equipamento terá tem um espaço destinado a exposições culturais e ações sociais: a Estação do Choro.

O nome do espaço faz alusão à antiga Estação de Bondes, que havia no terreno onde foi construída a nova praça, e à tradição musical do choro maranhense.

“Entre os equipamentos disponíveis nesta grandiosa praça, temos a Estação do Choro, espaço da praça dedicado à música e que homenageia à trajetória profissional e carreira artística vitoriosa do mestre Antônio Vieira”, disse o governador Flávio Dino, na ocasião da entrega do equipamento cultural. 

“Uma grande homenagem do governador, Flávio Dino, à comunidade do Monte Castelo e ao Mestre Antônio Vieira que morou no Retiro Natal, próximo ao local  onde construímos a praça, praticamente a vida inteira. É mais uma obra importante do Governo do Maranhão em nossa São Luís. Um espaço de integração, convivência, de homenagem à cultura maranhense, de atividades artísticas e culturais. Realizamos a obra atendendo o desejo de toda a comunidade do Monte Castelo que sonhou com essa praça que, agora, é realidade. Muito bom ver, como secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, essa transformação aqui onde era antiga Cobal”, disse o secretário da pasta, Márcio Jerry.

A primeira exposição na Estação do Choro trará uma linha do tempo que conta a história dos bondes do Monte Castelo; e, com painéis, contará a história do choro maranhense – baseada no livro “Chorografia do Maranhão”, do sociólogo e radialista Ricarte Almeida; fotógrafo Rivanio Almeida e do jornalista Zema Ribeiro.

O livro foi desenvolvido a partir de um projeto de pesquisa e mapeamento junto aos instrumentistas e compositores de choros do estado do Maranhão como Turibio Santos, Ubiratan Sousa e Biné do Banjo.

O jornalista Zema Ribeiro destacou a importância do trabalho do Governo do Maranhão na garantia de um espaço que preserva a história do gênero musical.

Painéis contam histórias de instrumentistas maranhenses (Foto: Divulgação)

“Temos assistido sistematicamente um projeto cotidiano de destruição da nação por parte daqueles que deveriam zelar por sua memória, vide o recente incêndio da Cinemateca Brasileira. No Maranhão, na contramão disso, o esforço é justamente para garantir à população, sobretudo às gerações mais jovens, a memória, a história, o legado dos que vieram antes de nós e que tanto nos ensinaram com seu fazer. O Choro no Maranhão, como já demonstrado, tem importância e nada deve a outras reconhecidas praças, com quem dialoga permanentemente. A iniciativa de garantir um espaço para a preservação da memória deste brasileiríssimo gênero musical é, por si só, digno de parabéns. Como diria Paulinho da Viola, um dos grandes mestres do Choro brasileiro: “quando eu penso no futuro não esqueço meu passado””, destacou.

A Praça Mestre Antônio Vieira foi construída pela Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) onde antes havia um terreno abandonado e que, por anos, era usado como depósito de lixo. Agora, a área de 3.743 metros quadrados possui uma praça moderna com mobiliário urbano, caramanchões de lazer com jogos de tabuleiro, academia de saúde, playground, sistema de iluminação em LED, pontos de acesso à internet, paisagismo com gramas e plantas ornamentais.

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Fonte: Agência de Notícias do Maranhão