O Brasil não é mais o mesmo desde que a imigração italiana ocorreu no país, entre 1880 e 1960. Da contribuição inicial dos imigrantes, sobretudo nas colheitas de café na região Sudeste, as influências dos italianos atravessaram os séculos e se espalharam por todas os estados, abrangendo elementos como a cultura e a gastronomia.

Segundo estimativas, há cerca de setenta milhões de descendentes de italianos em todo o mundo. Destes, o Brasil detém a marca de 30 milhões de ítalo-descendentes, o que leva o país ao status de nação com o maior número de filhos, netos, bisnetos ou tataranetos de italianos fora da Itália.

Diante deste número, os descendentes de italianos engrossam o volume de brasileiros que requerem uma segunda cidadania italiana. Dados do Eurostat, gabinete de estatísticas da UE (União Europeia), revelam que 729 mil pessoas obtiveram a cidadania em um Estado-membro da UE em 2020, um crescimento de 3% em relação ao ano precedente – 24 mil brasileiros. Dentre os requerentes, 19,6% reivindicaram a cidadania italiana.

Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania, empresa que presta consultoria no reconhecimento de cidadania italiana, atesta que a busca por informações a respeito do pedido de uma dupla cidadania tem sido crescente. “É comum que existam muitas dúvidas com relação ao tema, mas todos os brasileiros que possuem descendência têm o direito de requerer a sua cidadania italiana”. 

Ela destaca que não há limite de gerações para o reconhecimento da cidadania italiana.  Entretanto, para empreender o processo de solicitação, o cliente deve ter a certeza de que possui a descendência.

Busca por documentos e antecedentes é entrave

Ferro afirma que, caso o requerente tenha dúvidas sobre sua ancestralidade, poderá efetuar uma pesquisa genealógica. Depois da comprovação de ter algum italiano em sua linha, será preciso juntar todas as documentações que comprovem a descendência. 

“Após a decisão de dar início ao processo reconhecimento da cidadania italiana, o primeiro passo é conversar com seus familiares, para conhecer sua história, obtendo informações sobre o seu antenato e toda a linha de descendência”, informa a especialista. 

A maneira mais eficiente para iniciar a busca pelos documentos é partir do próprio requerente, afirma a CEO da Simonato Cidadania. Ocorre que as certidões trazem informações relacionadas às anteriores, o que torna possível seguir em direção ao antepassado, geração por geração.

“Por exemplo, na sua certidão de nascimento, encontram-se as cidades de nascimento de seus pais. Na certidão de seus pais, estarão as informações de nascimento de seus avós, e assim por diante, até seu antenato. E, sabendo o local de nascimento, é possível entrar em contato com o cartório e solicitar o documento”, esclarece.

“Após descobrir o parentesco do seu antenato italiano em relação a você, é hora de buscar, para cada pessoa envolvida na linha de descendência, os documentos necessários, que são certidão de nascimento, casamento e de óbito, que, em caso dessa última não ser encontrada, não impede que o processo siga adiante”, completa.

Para dar início ao processo de montagem e estruturação de uma pasta, prossegue, todas as certidões devem estar em inteiro teor, um formato que pode ser solicitado em qualquer cartório brasileiro. “Sabemos que é possível que haja dificuldade em encontrar as certidões mais antigas, o que é natural. Antes de recorrer a um serviço profissional, vale fazer a busca em sites, como ‘My Heritage’ e ‘Family Search’”, indica.

“A pesquisa por ancestralidade e a busca por documentos, assim como o requerimento como um todo, compreende um processo que pode parecer difícil, mas que pode ser simplificado por uma empresa que preste consultoria no reconhecimento de cidadania italiana e que pode se encarregar por todas as etapas”, conclui Ferro.

Para mais informações, basta acessar: https://www.simonatocidadania.com.br/