A liberação da faixa de 3,5 GHz, promovida pela Entidade Administradora da Faixa (EAF), composta por Claro, Vivo e TIM, marcou o avanço do 5G standalone (SA) no Brasil. A iniciativa possibilita maior velocidade, ultrabaixa latência e capacidade de conexão ampliada, beneficiando milhões de brasileiros e fomentando a transformação digital.

O projeto demandou a “limpeza” da faixa de 3,5 GHz, anteriormente utilizada por serviços de satélite e radiodifusão. Esse processo envolveu a instalação de filtros e kits de recepção de sinal de TV em residências, garantindo a eliminação de interferências no espectro. Com o espectro liberado, as operadoras começaram a ativar o 5G SA em diversas regiões, permitindo avanços em áreas como saúde digital, veículos autônomos e Internet das Coisas (IoT).

Além do impacto direto no cotidiano da população, o 5G SA abre possibilidades para setores industriais e governamentais. “Essa tecnologia não é apenas um upgrade, mas uma revolução na forma como interagimos e operamos em rede”, explica Leandro Guerra, presidente da entidade. Ele destaca que o 5G SA é um passo decisivo para a digitalização de serviços essenciais e para a criação de cidades inteligentes.

Entre os parceiros que contribuíram para o sucesso do projeto, está a integradora de tecnologia Asuris. A empresa desempenhou um papel na seleção, fornecimento e implementação de soluções tecnológicas para a EAF. Entre as inovações implantadas, está um sistema de CRM próprio baseado em tecnologias avançadas de clusterização, como Kubernetes, que assegura alta disponibilidade e desempenho.

O sistema, projetado para gerenciar operações críticas, como a integração entre instaladoras e call center, tornou-se um dos pilares do funcionamento da EAF. Segundo Adilson Estrela, gerente de TI da entidade, “a contribuição da Asuris garantiu a estabilidade e a escalabilidade da solução. Este projeto reforça o compromisso de trazer tecnologias de ponta para uma transformação digital significativa no país”.

Uma medida crucial adotada pela integradora Asuris, foi a implementação do Firewall da Fortinet, apoiado por seus serviços gerenciados que incluem suporte, sustentação e monitoramento, que forneceu uma camada de segurança cibernética para os ambientes on-premises e em nuvem utilizados pela EAF. Adicionalmente, ferramentas de colaboração e infraestrutura em nuvem da Microsoft complementaram o arcabouço tecnológico do projeto, consolidando um ecossistema seguro e eficiente para a gestão da liberação da faixa.

A expansão do 5G SA é vista como um divisor de águas para a economia digital. Estima-se que, até 2030, a tecnologia possa adicionar bilhões ao PIB brasileiro, promovendo inovação em setores como saúde, educação e mobilidade urbana. Cidades como São Paulo, Brasília e Curitiba já experimentam os benefícios iniciais dessa revolução tecnológica, com aplicações em telemedicina e segurança pública baseadas em 5G.

A conclusão da liberação da faixa de 3,5 GHz é apontada por especialistas como um passo significativo para a adoção de redes de alta velocidade no Brasil. Essa etapa é vista como parte do processo de preparação do país para os desafios de uma economia mais digitalizada, com potencial para ampliar a conectividade, promover avanços tecnológicos e influenciar o crescimento econômico em diferentes setores.