Três veteranos civis da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Eunice Martins Borges, Miriam Xavier Dias e Ricardo Tarchetti compartilharam suas experiências e a trajetória de suas carreiras, que começou no início dos anos 1980. As histórias desses veteranos destacam a importância do trabalho civil na PMDF e os desafios enfrentados ao longo de quase quatro décadas de serviço.

O início da longa jornada de Ricardo, Eunice e Miriam teve início quando eles ingressaram na PMDF em um período em que os concursos públicos eram uma das melhores maneiras de garantir estabilidade e um futuro promissor. Eunice iniciou sua jornada em 1984, enquanto Miriam começou em 1985, já Ricardo entrou pelo concurso de 1983. Todos enfrentaram a espera comum de quem passa por processos seletivos desse porte, mas a recompensa veio com suas nomeações.
“Demorou alguns anos para sermos chamadas, o que é normal em concursos públicos”, relembra Eunice. Ambos expressaram um profundo respeito e gratidão pela instituição que as acolheu e proporcionou crescimento profissional e pessoal.

A Trajetória Profissional de Eunice começou como agente de portaria e com o tempo foi promovida a técnica. Durante este período, ela se formou em turismo, demonstrando a importância de estar sempre estudando, mesmo já estando empregada. Miriam, por sua vez, trabalhou como telefonista, função que exerce até hoje. Filha de militar, ela falou do impacto positivo que a disciplina e os valores da PMDF tiveram em sua vida: sempre fui muito respeitada e procurei ser uma colega de trabalho respeitadora. Nunca tive problemas relacionados à disciplina ou maus tratos”, enfatizou Mirian.

Os civis veteranos demonstram muito amor pelo trabalho. Eunice e Miriam não apenas continuaram na PMDF, mas prosperaram em um ambiente predominantemente masculino, mantendo uma atitude positiva e um forte senso de dever. Elas expressaram gratidão pela oportunidade de trabalhar na PMDF e pelo suporte recebido ao longo dos anos. Miriam, que perdeu o pai recentemente, um militar que sempre foi sua inspiração, continua a trabalhar com dedicação, vendo sua função como uma terapia e uma extensão de sua casa.
“Eu gosto do que faço. Tanto que, mesmo tendo problemas de ansiedade, prefiro continuar trabalhando, pois, o batalhão é como uma extensão da minha casa. Lá é minha terapia”, afirmou Miriam.

Ricardo começou sua carreira na PMDF como agente administrativo, logo após ser aprovado no concurso de 1983. “Na época, houve uma chamada para a PM e me interessei porque já tinha experiência militar, tendo servido dois anos na Aeronáutica”. Sua experiência anterior facilitou a adaptação ao ambiente disciplinado e hierárquico da PMDF.
Um dos momentos mais marcantes na carreira de Ricardo foi quando precisou da ajuda de seus colegas de farda durante um período de recuperação após uma cirurgia. “Estava no hospital e não tinha ninguém para me buscar. Liguei para o quartel e eles enviaram uma viatura para me pegar e me levar para casa. Fui muito bem atendido”, lembra. Outra história particularmente tocante foi a de quando Ricardo adoeceu e precisou de ajuda urgente. Durante um episódio de trombose, ele estava sozinho em casa e teve que contar com a rápida intervenção de seus colegas. “Um dos sargentos, Zena Guedes, foi até minha casa e me levou ao hospital. Se não fosse por ele, não sei o que teria acontecido”, conta Ricardo emocionado.

Esse episódio exemplifica a camaradagem e o apoio mútuo entre os membros da PMDF, sejam eles militares ou civis. Ricardo destaca que, apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, sempre pôde contar com seus colegas para assistência e suporte.
Ricardo observou diversas mudanças na PMDF ao longo de seus 40 anos de serviço. Ele mencionou que a hierarquia rígida e a falta de comunicação direta entre as diferentes patentes foram se suavizando com o tempo, resultando em uma instituição mais humanizada e respeitosa. “Hoje, é mais fácil um sargento falar diretamente com um coronel. Antigamente, isso era praticamente impossível”, explica.

Após quase 40 anos de serviço, ambos continuam ativos e apaixonados por suas funções. Eles são um exemplo de otimismo e dedicação, mostrando que, com disciplina e respeito, é possível construir uma carreira sólida e significativa. Suas histórias são um tributo às contribuições dos funcionários civis na Polícia Militar e um lembrete de que, por trás das fardas, há pessoas comprometidas com o serviço público e o bem-estar da comunidade.
Atualmente Eunice está no 14º Batalhão, Miriam no 17º Batalhão e Ricardo 2° Batalhão. Eles planejam continuar contribuindo enquanto puderem. Miriam, por exemplo, afirmou querer trabalhar até os 70 anos de idade: “enquanto eu ouvir o telefone tocar, continuarei a atender”, afirma Miriam com determinação.

Os veteranos civis da PMDF, como Ricardo, Eunice e Miriam, merecem reconhecimento por suas décadas de serviço e pela importância de suas funções na estrutura da corporação. Suas histórias inspiram novas gerações a seguir seus passos, valorizando a disciplina, o respeito e a dedicação ao serviço público.

A história de Ricardo, Eunice e Miriam é um testemunho vivo da importância dos servidores civis na PMDF. Eles representam um legado de dedicação e compromisso que serve de inspiração para as novas gerações de servidores públicos.

Centro de Comunicação Social da PMDF
PMDF – Muito mais que segurança

Fonte: PMDF