A alimentação desempenha um papel crucial na recuperação de pessoas que necessitam de cuidados. O Dia do Nutricionista, celebrado neste domingo (31), destaca os profissionais que, com dedicação, garantem não apenas o cuidado assistencial, mas também a produção alimentar dos pacientes que dependem desse suporte.

Os nutricionistas do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) não apenas preparam refeições, mas também asseguram que cada dieta faça parte do tratamento, contribuindo para a redução de complicações, aceleração da recuperação e melhoria na qualidade de vida. Segundo Hiane Cunha, chefe substituta do Núcleo de Nutrição Clínica do HBDF, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica e Saúde do DF (IgesDF), “uma pessoa bem-nutrida responde melhor às terapias”. O trabalho acontece em colaboração com médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, sempre focando no cuidado multiprofissional.

Yeferson Manuel, 31 anos, internado há três meses após um acidente de carro, enfatiza a importância da equipe: “Todos os dias, uma nutricionista passa para me ver, ajustar minha dieta e conversar comigo. Esse cuidado diário dá mais confiança e esperança”.

A gerente multiprofissional do HBDF, Niedja Bartira, salienta o papel central dos nutricionistas: “Eles cuidam não só dos pacientes, mas também da saúde dos colaboradores, impactando a rotina de todos”. Fernanda Hak, gerente-geral de assistência, acrescenta que o trabalho, embora silencioso, é vital e cada refeição preparada é parte do esforço coletivo para salvar vidas.

Dedicação faz a diferença

De janeiro a julho deste ano, foram registrados 112.091 atendimentos assistenciais pela equipe de nutrição clínica do HBDF. Hiane observa que a nutrição vai além de calcular proteínas e calorias; é importante entender as limitações, preferências e sentimentos dos pacientes em relação à comida. Um simples detalhe pode mudar a aceitação da dieta e acelerar a recuperação.

A equipe responsável pela administração e gestão da alimentação ofereceu 648.725 refeições aos pacientes, 254.731 aos acompanhantes e 170.456 aos colaboradores nos primeiros sete meses de 2025. Uma dieta adequada, segundo a equipe, reduz infecções hospitalares, melhora a resposta imunológica e pode até encurtar o tempo de internação. Hiane acrescenta que em alguns casos, pacientes chegam desnutridos e conseguem reverter essa condição com a ajuda da equipe.

O olhar humano é crucial. Ana Cecília Nunes, chefe da Nutrição de Produção do HBDF, destaca que “a comida pode trazer conforto e memórias afetivas, mesmo dentro de um hospital”. Portanto, o desafio é equilibrar essa dimensão emocional com as necessidades clínicas de cada paciente.

Com informações do IgesDF