O Museu Nacional da República se tornou um verdadeiro palco da cultura afro-brasileira na quinta-feira (20), com a abertura do Consciência Negra 2025. Sob o tema “Raízes que Conectam o Futuro”, o festival apresentou cores, ritmos e aromas, evidenciando a riqueza e diversidade da população negra do Distrito Federal.

A cerimônia teve início com a apresentação do grupo de idosos Movimente-se 60 Mais, do programa Viver 60+, que encantou o público e ressaltou a importância da memória e da participação dos idosos nas atividades culturais.

Presentes estavam a vice-governadora Celina Leão, o secretário de Cultura e Economia Criativa Claudio Abrantes, a deputada distrital Dra. Jane, o subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial Juvenal Araújo, e Rosa Carla Monteiro, presidente do CCDF.

Claudio Abrantes enfatizou a importância do 20 de novembro, afirmando que essa data é para refletir sobre os desafios enfrentados pelo povo negro e também para celebrar suas conquistas, destacando a valorização da história da população negra.

A deputada Dra. Jane destacou a necessidade de políticas públicas que promovam a igualdade racial e a educação, insistindo que, mesmo após séculos de opressão, a luta por respeito e reconhecimento continua.

Celina Leão ressaltou que cerca de 60% da população do DF é negra e que a educação é uma ferramenta essencial no combate ao racismo. Ela exalta a força das mulheres negras e a importância da cultura afro-brasileira, afirmando que o racismo não será tolerado.

O festival também marcou a assinatura de dois atos institucionais: a oficialização do Dia da Consciência Negra no DF e a criação do Comitê Permanente do Hip Hop, reconhecendo o movimento como expressão cultural, artística e social essencial. Um edital para a escolha de representantes da sociedade civil reforçou a participação popular nas políticas culturais.

O cortejo do Boi de Seu Teodoro encerrou a solenidade, encantando crianças e adultos com suas cores vibrantes, música e dança. Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do DF desde 2004, o Boi simboliza as tradições afro-brasileiras no Cerrado.

Além da abertura, o público teve acesso à exposição fotográfica “Vivências”, oficinas e contação de histórias no Espaço Kids, e à Feira Kitanda, com moda, gastronomia e artesanato de empreendedores negros. Debates e painéis formativos ocorreram na Tenda Muntu, enquanto a programação musical incluiu performances de Cortejo Afoxé Ogum Pá, Lady, Ju Moreno e Marcelo Café na Arena Lydia Garcia. No Palco Brasilidades, se apresentaram Daniel Beira Rio, Cida Avelar e Ballroom, além dos shows nacionais de Ludmilla e Alexandre Pires que encerraram a primeira noite.

O Consciência Negra 2025 prossegue até sábado (22), com toda a programação disponível no Instagram oficial do festival.