O governador Ibaneis Rocha recebeu, nesta terça-feira (2), representantes das forças de segurança do Distrito Federal no Palácio do Buriti para formalizar o reajuste salarial das categorias. O encontro teve como objetivo agradecer a assinatura da Medida Provisória da Segurança Pública e do Projeto de Lei das Carreiras, que consolidam a recomposição destinada a policiais militares, bombeiros e policiais civis, reforçando a cooperação entre as instituições e o Executivo.
Durante a reunião, Ibaneis destacou que a conquista não encerra a agenda de reivindicações das corporações, reafirmando seu compromisso com a paridade em relação à Polícia Federal. Ele reconheceu obstáculos externos durante as negociações, mas ressaltou que, mesmo com as limitações impostas pelo governo federal, foi possível chegar a um ajuste significativo para as carreiras, resultado de muito trabalho e unidade.
O governador recordou que a valorização das forças de segurança vem sendo promovida desde o início de sua gestão, evidenciando que a evolução é possível com prioridade e coordenação entre governo e corporações. Ele também reconheceu o esforço das equipes técnicas na construção do acordo, lembrando que, embora a proposta inicial do GDF tivesse índices superiores, a versão final foi limitada, mas o debate sobre a paridade continuará.
No encontro, estiveram presentes a vice-governadora Celina Leão; o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha; o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar; o secretário de Economia, Daniel Izaias de Carvalho; a comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros Habka; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Moisés Alves Barcelos; o delegado-geral da PCDF, José Werick de Carvalho; e os deputados distritais Wellington Luiz, Hermeto e Roosevelt.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, destacou que o reajuste representa o esforço colaborativo de diferentes áreas do governo. Ele enfatizou que o resultado é fruto de cálculos e articulações cuidadosas. O presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz, falou sobre a determinação do Executivo nas negociações, afirmando que muitos duvidavam que a recomposição seria possível, mas o governo se manteve firme.
O deputado Hermeto destacou que o reajuste só foi viável devido ao controle fiscal do GDF, que fez economia e planejou os recursos necessários para garantir o aumento.
A recomposição salarial segue os parâmetros definidos na Lei nº 14.724/2023 e formalizados nos Termos de Negociação Salarial nº 1/2025 (PCDF) e nº 2/2025 (PMDF e CBMDF). Para policiais civis, militares e bombeiros, os percentuais variam de 19,60% a 28,40%, divididos em duas parcelas, a primeira em dezembro de 2025 e a segunda em janeiro de 2026. Os militares dos ex-territórios terão reajuste de 24,32%, também nas mesmas datas, enquanto os índices na Polícia Civil vão de 24,43% (terceira categoria) a 27,27% (categoria especial). Além disso, o auxílio-moradia de PMs e bombeiros será reajustado em 11,5% em dezembro de 2025 e mais 11,5% em janeiro de 2026.
As projeções da Secretaria de Economia indicam um impacto de R$ 193 milhões no orçamento de 2025, que deve aumentar para R$ 2,46 bilhões em 2026, com todas as parcelas incorporadas, e para R$ 2,48 bilhões em 2027. A avaliação do governo é de que a recomposição representa mais uma etapa da política de valorização das forças de segurança, reforçando a importância de ajustes, investimentos e integração operacional para a redução da criminalidade no DF, orientando as ações nos próximos anos.

