Olhares meigos acompanhados de latidos e miados encantam o caminho que leva ao Anexo do Palácio do Buriti, em mais uma edição da Feira Pet. O evento, que ocorre nos dias 15 e 16 de abril, é promovido pela Secretaria de Economia (Seec-DF), por meio da Secretaria-Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), em parceria com instituições de proteção animal.

Com funcionamento das 9h às 16h, a feira tem como foco principal o incentivo à adoção e ao apadrinhamento de animais, promovendo também ações de conscientização e cuidados essenciais com os pets. Para adotar, o interessado precisa contatar os responsáveis pelos animais na feira e assinar um termo de adoção responsável. A instituição mantém contato e acompanha o tutor ー tanto para tirar dúvidas quanto para checar como vai o bem-estar e a adaptação do animal. Também é feita uma visita às casas para verificar se as janelas são teladas, nos casos dos gatos.

São mais de 20 animais esperando por um adotante no local, sendo cinco cães e aproximadamente 15 gatos ー muitos dos felinos ainda filhotes. Durante o evento, servidores e visitantes podem interagir com os animais disponíveis, receber orientações de especialistas e conversar com representantes das instituições parceiras.

O projeto começou em 2023 e, além de ajudar a transformar vidas tanto dos animais quanto de quem adotar ou apadrinhar, a Feira Pet reforça o compromisso da Seec com a valorização do ambiente de trabalho por meio da convivência e do bem-estar. As Organizações Não Governamentais (ONGs) resgatam e cuidam dos animais, que normalmente já vão para a feira castrados, vermifugados e vacinados. A cada edição, a iniciativa tem mostrado resultados positivos, com múltiplas adoções. O objetivo é levar a pauta da proteção animal para dentro do serviço público por meio de uma ação de qualidade de vida e também de conscientização.

Para o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior, a expectativa é repetir o sucesso das últimas feiras, garantindo mais lares e gestos de afeto para os pets que ainda esperam por uma segunda chance. “Um animalzinho desse muda o ambiente da casa e interfere diretamente na qualidade de vida da pessoa com o amor que ele leva. Quando levamos isso para dentro do serviço público, com um olhar especial para o servidor, é também um projeto de apoio emocional e uma maneira de chamar a atenção para essa causa tão importante. É uma adoção responsável, então os servidores que estão dispostos a adotar têm que ter essa consciência de que vão prover um lar com segurança para esses animais, com toda a estrutura necessária para que eles possam ser bem tratados”, declarou.

A caminho do trabalho, a engenheira civil Isabela Nunes, 22 anos, passou pela feira de adoção e viu os cachorrinhos vestidos com roupinhas para evitar o frio. Sem conseguir resistir, ela parou para fazer um carinho nos bichinhos. “Aqui sempre tem feirinhas de artesanato e comida, mas foi a primeira vez que vi os cachorrinhos e fiquei muito encantada. E tem os gatinhos também ali na frente, que já estou ansiosa para ver. Um pet faz toda diferença na vida, chegar em casa e receber todo o carinho do mundo deles é muito bom para relaxar depois de um dia estressante. Ainda mais nesse tempo frio, é importante cuidar desses anjinhos”.

Adoção responsável

À frente do Gateira Felina, uma das parceiras do projeto que oferecem lar temporário aos animais, Haday Rezende explica que as feiras de adoção ocorrem todos os sábados em diversos pontos do DF. Em órgãos públicos, como o caso desta edição da Feira Pet, são realizadas mensalmente durante a semana. A parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF) existe há cerca de dois anos, período em que mais de 50 felinos foram adotados. “Todos os dias nós temos animais e pedidos de ajuda. Então, quanto mais nós doamos, mais a gente pode acolher”, destaca.

Coordenador do projeto Cão Itinerante, o vigilante Charles Marcelino Rosa destaca que a parceria com a Secretaria de Qualidade de Vida leva uma visibilidade maior para os companheirinhos de quatro patas em busca de um novo lar. “Creio que até o final da tarde ou amanhã a gente consiga arrumar um lar para eles. É mais um lugar onde eles são vistos e, como diz o ditado, o que é visto é lembrado”, afirma Charles, que coordena o cuidado a 68 cães no projeto.

Interessado em adotar um cãozinho para fazer a alegria do filho, o assessor especial André Luiz Calixto ficou contente em passar no lugar certo ao ir trabalhar. “Eu tenho um filho autista que é muito apegado aos animais e eu também gosto muito. Já mandei as fotos para ele escolher o novo amiguinho e, se der tudo certo, vou passar aqui mais tarde e levá-lo para casa”, afirmou. Luiz acrescentou, ainda, que a adoção tem algo de especial. “É um sentimento gratificante poder dar uma vida melhor para um cachorro que estava abandonado na rua e poder cuidar dele”.

Fonte: Agência Brasília