O projeto Escola + Cultura, que busca dinamizar a rotina de crianças e adolescentes no Distrito Federal, promove apresentações artísticas e palestras em escolas públicas. Com um fomento de cerca de R$ 500 mil da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), via emenda parlamentar, a iniciativa já atingiu centenas de jovens, unindo arte, diversão e aprendizado. O projeto abrange teatro, música, shows de mágica e discussões sobre sonhos e comportamento, criando ambientes mais criativos e acolhedores para os alunos.
Iniciado em 2022, o projeto já atuou em quase todas as regiões administrativas do DF. Segundo Augusto César Mariani, produtor do Escola + Cultura, a ação é adaptável às demandas de cada instituição, estruturando-se em três momentos: a palestra sobre um tema solicitado pela escola, uma apresentação cultural (teatro, mágica ou circo) e um show musical.
“Isso complementa as temáticas que a comunidade escolar já aborda”, explicou Augusto. “É uma oportunidade incrível, já que nem todos tiveram acesso a teatro ou circo. A música permite que as crianças se expressem, se divirtam e dancem, encerrando a atividade de forma especial.”
Diversão e conscientização
Na semana passada, uma maratona de apresentações ocorreu em Taguatinga, Samambaia Sul e Ceilândia, com palestras, performances do rapper Japão, shows de mágica com Alexandre Rasa e apresentações da banda SQQ Rockids, que traz músicas de infância em versão rock’n’roll.
Na Escola Classe 17 de Ceilândia, o tema abordado foi bullying. A vice-diretora Joseli Alves da Silva afirmou: “Precisamos trabalhar esse assunto diariamente. As apresentações ajudam a tratar o tema de forma lúdica e promovem reflexões que chegam também aos lares dos alunos.”
Os estudantes vivenciaram momentos de aprendizado e diversão. Isabela Alves Vieira, de 10 anos, afirmou: “Amei a palestra sobre bullying e o show de mágica. É bom sair da rotina, brincar e discutir assuntos importantes. Precisamos de diversão, não só de estudos ou celular.”
João Lukas Rodrigues de Oliveira, 10 anos, também compartilhou sua experiência. Ele comentou que o tema o impactou pessoalmente: “Tem gente da minha sala que sofre bullying, até eu. Aprendemos sobre respeito e quero que o projeto volte este ano.”