Na manhã desta segunda-feira (16), o Hospital de Base do Distrito Federal se tornou palco de um gesto fundamental para a saúde pública: uma doação coletiva de sangue, realizada por 16 servidores do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), com o apoio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa). A iniciativa integra a campanha Junho Vermelho, dedicada à conscientização sobre a importância da doação de sangue.

A van da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) esteve presente em frente ao Pronto-Socorro para receber os doadores, em um momento de urgência, já que os estoques estão em níveis críticos. “Cada bolsa pode salvar até quatro vidas. Hoje, nós não estamos doando apenas sangue, mas esperança — a chance de um recomeço para tantas famílias”, afirma Márcio Pascoal, presidente da Cipa do HBDF. Dono do tipo sanguíneo A negativo, um dos mais raros e importantes em emergências, Pascoal foi um dos primeiros a doar.

Antes da doação, todos passaram pelo protocolo padrão, incluindo cadastro, aferição da pressão arterial, teste de hemoglobina e entrevista clínica. Como símbolo do compromisso, receberam camisetas com a frase “Sou doador de sangue. Compartilhe saúde”, reforçando o apelo à solidariedade.

O presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto, destacou o papel crucial dessas ações coletivas. “Junho Vermelho não é só uma campanha, é um chamado à vida. É um ato de amor que mantém acesa a chama da esperança para milhares de pacientes. Cada doador é um verdadeiro herói anônimo.”

Michele Gonçalves, chefe do almoxarifado do HBDF, doou pela primeira vez e fez um convite emocionado: “Foi simples, seguro e rápido. Doar sangue é um gesto que carrega vida nas veias — quem tem a chance de ajudar, não pode hesitar. Venha salvar vidas, porque não existe nada mais poderoso do que isso.”

Veterana na causa, Hermínia Silva, vice-presidente da Cipa, doa há 20 anos. Com a voz embargada, relembra um episódio que a marcou para sempre: “Um colega de trabalho precisava de sangue para o filho, que lutava contra a leucemia. Naquele momento, entendi que uma única doação pode mudar o destino de uma família inteira. Desde então, faço questão de doar — porque sei que, com amor, podemos transformar vidas.”

A campanha segue até o fim de junho com uma atenção especial para doadores com fator Rh negativo, que podem doar sem agendamento prévio e com atendimento prioritário no Hemocentro de Brasília. A medida visa ampliar os estoques dos tipos sanguíneos O-, A-, B- e AB-, que são mais difíceis de encontrar e essenciais em tratamentos emergenciais.