No Dia do Profissional de Altas Habilidades e Superdotação, a história da estudante Emily Nogueira, 15 anos, é destaque. Desde pequena, Emily demonstrava interesse acima da média no conteúdo escolar, especialmente em matemática, biologia e física. Essa aptidão levou os professores a indicá-la para o programa de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) da Secretaria de Educação (SEEDF). Em 2019, ela começou a ser atendida na sala de recursos da Escola Classe 64 de Ceilândia.

Emily classifica a experiência como enriquecedora. Entre suas conquistas, ela menciona a participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e um projeto sobre aves silvestres, pelo qual conquistou o segundo lugar no Circuito de Ciências. “É um espaço que abrange qualquer talento que você queira desenvolver e abre portas para oportunidades em escolas e faculdades melhores”, diz.

Habilidades estimuladas

A Escola Classe 64, polo de altas habilidades em Ceilândia, atende cerca de 180 estudantes de 4 a 17 anos. Com uma equipe de professores especializados, as atividades são voltadas para interesses acadêmicos ou artísticos, com orientações individualizadas ou em pequenos grupos. O professor Marlon Santos, que também estudou na escola, destaca que cada aluno traz suas próprias habilidades, facilitando o desenvolvimento de projetos baseados em suas paixões.

O aluno com altas habilidades ou superdotação apresenta potencial elevado em uma ou mais áreas, com tendência de aprendizagem rápida e sem necessidade de repetição.

Definindo interesses

A estudante Carolina Kill, 16 anos, foi encaminhada para a sala de recursos devido à sua facilidade em absorver conteúdos. Desde 2019, desenvolve projetos em ciências exatas e considera a experiência inovadora. “Me sinto mais compreendida aqui, onde pessoas entendem e incentivam meu potencial”, compartilha.

Christian de Freitas, 17 anos, aprecia a liberdade para aprofundar seus interesses na sala de recursos, notando como, na escola regular, a aprendizagem é limitada. Ele investe em ideias ligadas à música e advocacia. Sua mãe, Gedeane Nascimento, classifica a sala como essencial para o desenvolvimento do filho, que antes enfrentava rejeições na escola comum.

Rede pública

A Secretaria de Educação reconhece que cada estudante com potencial único deve ter acesso a ambientes estimulantes. Atualmente, o DF possui 46 salas específicas para AH/SD, organizadas em 113 turmas em 30 escolas-polo. As atividades são realizadas semanalmente, com duração de 4 a 5 horas, em turmas com até sete alunos.

O DF adota a definição de Altas Habilidades/Superdotação da Política Nacional de Educação Especial, fundamentada no Modelo dos Três Anéis de Joseph Renzulli, onde a superdotação resulta da interação entre habilidades, envolvimento e criatividade.

Valorização

As atividades buscam garantir um espaço de acolhimento e estímulo, abrangendo áreas como ciências, artes e tecnologia. As sessões são conduzidas por uma equipe especializada visando o pleno desenvolvimento dos estudantes, com prioridade para a rede pública. O processo de ingresso no programa inclui identificação e avaliação, seguido pela matrícula na sala de recursos se o perfil de AH/SD for confirmado.

Acesse a ficha de indicação.

Para mais informações, visite o site da SEEDF.