Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, desde 1972, é uma data comemorada com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar do meio ambiente. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) se engaja na causa.

Estação de tratamento da Caesb: água é um recurso natural finito que deve ser utilizado com racionalidade | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Em 2005, a empresa ampliou sua área de atuação e incluiu em suas competências, além do fornecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, a possibilidade de prestar serviços nas áreas de resíduos sólidos. A meta é investir na missão de desenvolver e implementar soluções e gestão em saneamento ambiental, contribuindo para a saúde pública, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico.

A Caesb chama a atenção para uma das formas de mudar o comportamento do consumidor no sentido de conscientizá-lo sobre a causa ambiental: a chamada “Política dos 5 Rs”. Consiste em reduzir a geração de resíduos no planeta por meio de cinco verbos fundamentais: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar.

Esse conceito pode ser aplicado no uso consciente da água todos os dias. É possível reaproveitar a água da lavagem de roupas para lavar pisos e áreas externas, juntar várias peças de roupas sujas para usar a máquina apenas uma vez, verificar regularmente possíveis vazamentos em casa, irrigar as plantas com regador em vez de mangueira, usar arejadores de torneira que consomem menos água e usar baldes para lavar o carro e janelas. Com essas práticas, o consumidor estará se aliando a uma verdadeira gestão sustentável desse recurso precioso, a água.

Cadeia de consumo

“Somos cada vez mais habitantes de um planeta cujo tamanho é o mesmo, os recursos são os mesmos; por isso, temos que ser mais responsáveis com tudo o que consumimos e com a forma como descartamos nossos resíduos” Karina Bassan Rodrigues, analista da Gerência de Gestão Ambiental Corporativa da Caesb

Além dessas ações, é preciso pensar na água invisível, usada para consumo de produtos e serviços, utilizada na produção de alimentos, na indústria, no comércio e lazer, por exemplo. É importante compreender que o cuidado e a responsabilidade com a água não se restringem apenas à água fornecida nas torneiras, mas em toda a cadeia de consumo.

A Caesb também chama a atenção para o descarte correto do óleo de cozinha. Esse resíduo é muito prejudicial para a rede de esgoto e não deve ser descartado no vaso sanitário ou na pia da cozinha, pois provoca o entupimento das redes, prejudica o tratamento de esgoto e pode contaminar a água e o solo. Uma destinação correta é usar o óleo de cozinha para fazer sabão ou levá-lo a algum Ponto de Entrega Voluntária (PEV) do Projeto Biguá, desenvolvido pela Caesb.

“Com nossos projetos de educação ambiental, procuramos ajudar nesse processo de construção de uma sociedade mais saudável e promover ações mais sustentáveis em nosso dia a dia”, explica a analista da Gerência de Gestão Ambiental Corporativa da Caesb Karina Bassan Rodrigues. “Somos cada vez mais habitantes de um planeta cujo tamanho é o mesmo, os recursos são os mesmos; por isso, temos que ser mais responsáveis com tudo o que consumimos e com a forma como descartamos nossos resíduos.”

Ela cita como e exemplo o programa Expresso Ambiental: Uma Viagem pelo Ciclo do Saneamento, que faz visitas em escolas em todo o DF mostrando como funciona o ciclo do saneamento. Essa ação se encontra temporariamente suspensa, por causa da pandemia de covid-19.

A analista de Suporte ao Negócio Erika Radespiel Fernandes reforça: “Não é só pensar na economia de água. Na Caesb, inclusive, nem utilizamos essa expressão, pois falamos em uso consciente da água”. Segundo Erika, mais do que economizar, é preciso perceber o recurso natural como propriedade de todos e balizar o nosso comportamento para suprir as necessidades sem comprometer o acesso dos demais ao mesmo recurso. “Buscamos mais do que uma responsabilidade individual: uma consciência regional, global, universal”, afirma.

Os cinco erres

Também aliado do meio ambiente e incentivador da “Política dos 5 Rs”, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) apresenta algumas dicas para o descarte correto de materiais. Confira, abaixo.

Pontos de entrega voluntária (PEVs) também fazem parte das iniciativas voltadas ao meio ambiente | Foto: Renato Alves/Agência Brasília
  • Medicamentos não utilizados ou vencidos devem ser entregues em uma farmácia. Jamais podem ser descartados no vaso sanitário, na pia ou no lixo, pois prejudicam o tratamento de esgoto e podem poluir o solo.
  • Embalagens de alimentos também devem ser reaproveitadas. Caixas de pizza podem para o material reciclado – mesmo a parte suja de gordura – mas evite deixar restos de alimento para não atrair roedores ou insetos. Isso vale para sacolas plásticas e embalagens de isopor e de alumínio. Os guardanapos sujos de gordura devem ir para o lixo comum. Quanto aos talheres, também são recicláveis, mas a melhor opção é andar com seu próprio talher, assim como caneca e copo.
  • Aquele cafezinho ficou pronto e você não sabe o que fazer com a borra nem com o filtro de papel? Ambos vão para os resíduos orgânicos. Mas, se a sua composteira estiver pronta, o pó vai ajudar na qualidade do composto final, além de diminuir eventuais odores. Após usar cápsulas, entregue-as aos pontos de venda de algumas marcas, fortalecendo a logística reversa. Se quiser dar um passo adiante na relação com o meio ambiente, opte por filtros de tecido reutilizáveis ou cafeteiras como a italiana ou prensa francesa. Também é importante adquirir seu café direto de produtores locais, com menos consumo de transporte, contribuindo para a produção local.
  • No DF há diversos pontos de entrega voluntária (PEVs) para vidros. Após reunido, esse material é enviado a empresas de reciclagem. Quer ajudar? Nunca misture porcelanas, louças, cerâmicas e similares com o vidro – que pode ser contaminado por essas substâncias, pois não derretem, geram perdas de cacos e prejudicam a reciclagem. Esses materiais não devem ser incluídos nos recicláveis comuns.
  • Pilhas e baterias são resíduos perigosos e, quando descartados de forma incorreta, podem acarretar danos à natureza e à saúde, pois carregam metais pesados, como cádmio, chumbo e mercúrio. Na hora do descarte, procure um ponto de coleta da logística reversa – assim, esses materiais terão destino correto.
  • Eletrônicos também podem passar pelo mesmo caminho. Com a logística reversa, os fabricantes devem receber seus eletrônicos inservíveis novamente.
  • Chapas de raios-X são de material plástico, portanto, de difícil degradação. Além disso, contêm prata, um metal pesado que pode contaminar a água e o solo. Estes materiais devem ser encaminhados a locais específicos que façam a recuperação e destinem o plástico para a reciclagem.
  • Consulte aqui os pontos de coleta logística reversa do DF.

 

*Com informações da Caesb

Fonte: Agência Brasília