A Agência Nacional de Águas (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) informaram que o Sistema Cantareira passará a operar na Faixa de Restrição a partir de 1º de outubro. Essa medida não era adotada desde janeiro de 2022.

A decisão foi tomada devido ao volume útil das represas estar abaixo de 30% da capacidade total.

Com a restrição, a companhia de abastecimento do estado, Sabesp, estará autorizada a retirar até 23 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água, em vez dos 27 m³/s vigentes atualmente.

Outras medidas incluem o bombeamento de reservatórios mais distantes da capital, como o de Jaguari (localizado na divisa com Minas Gerais), e a ampliação de iniciativas para evitar perdas, como a interrupção do fornecimento de água em horários de menor demanda.

Os moradores da região metropolitana já enfrentam a redução da pressão de água das 19h às 5h.

Conforme o comunicado das agências, as regras de operação vigentes são adequadas para a gestão dos recursos hídricos do Sistema Cantareira, que realiza o monitoramento diário dos dados de níveis de água, vazão e volume armazenado.

“Estamos atuando com rigor, adotando medidas com planejamento e antecipação, para que possamos enfrentar essa estiagem com o menor impacto possível sobre as pessoas. O Sistema Integrado Metropolitano (SIM) está em 32,4%, ainda acima dos 30% que configuram estágio crítico, mas temos casos de reservatórios do Sistema onde a redução foi maior, por isso estamos atuando para proteger esses recursos”, afirmou Camila Viana, presidente da SP Águas.

O Sistema Cantareira abastece metade da população da região metropolitana de São Paulo e é composto por cinco reservatórios.

O governo paulista também proibiu nesta quarta-feira (24) a concessão de qualquer outorga de captação de águas, superficiais ou subterrâneas, nas bacias do estado para fins que não sejam emergenciais, além de permitir alterações na quantidade de água captada em autorizações que já estão em andamento.

Fonte: Agência Brasil