Encontro teve como público-alvo profissionais e gestores hospitalares da capital (Foto: Márcio Sampaio)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu, nesta terça-feira (3), o 1º Seminário de Qualidade do Sistema Estadual de Doação e Transplantes. O encontro, que teve como público-alvo profissionais e gestores hospitalares da capital que atuam na área, foi realizado no auditório do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) e coordenado pela Central Estadual de Transplantes (CET-MA).

“O seminário visa não só mostrar essa realidade, mas também como ela pode ser transformada. Foi a chance que tivemos para discutir formas de melhorar o trabalho realizado e evidenciar aos gestores estratégias para incentivar a doação nos hospitais onde são colaboradores”, disse a médica nefrologista e coordenadora do CET-MA, Maria Inês de Oliveira.

Para a enfermeira de transplantes do Hospital da Mulher, Graziele Pimenta, foi uma oportunidade de aprimorar o trabalho realizado. “É uma oportunidade para melhor planejarmos as melhorias que deverão ser implementadas, além das doações que poderão ser viabilizadas no futuro. Com isso, esperamos tirar mais pessoas da fila de transplante, ao mesmo tempo que promovemos maior consciência sobre a causa”, disse a enfermeira.

Em um panorama apresentado aos participantes, de 2014 até o presente ano, foi possível verificar que em 2015, ano em que a Central de Transplantes passou a ser gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde, houve um aumento significativo no acréscimo de novos doadores. Em 2014, o Maranhão tinha apenas 7 doadores efetivos de órgãos, saltando para 18 em 2015. Entretanto, esse número infelizmente teve um decréscimo quando, em 2019, caiu para 10 e, em 2020, para 7 outra vez.

Dados

Em 2014, o número de transplantes de rim no estado, por exemplo, foi de 34, saltando para 61 em 2015, caindo para 25 em 2019 e 11 em 2020. Já os transplantes de fígado foram 3 em 2019 e somente 2 no ano passado. Quanto aos procedimentos de córnea executados em 2014, o número era de 117, chegando a 273 em 2018 e reduzindo para 182 em 2020.

“Muitas vezes, neste um ano e meio de pandemia, os testes apontaram resultado negativo para Covid, porém os exames apresentavam lesões pulmonares muito características para a doença. Diante disso, ficaram bastante restritas as doações”, pontuou a coordenadora do CET-MA, Maria Inês de Oliveira.

Em caso de doações de pacientes considerados recuperados, a orientação dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de que o potencial doador precisa estar recuperado há mais de 14 dias com teste do tipo PCR-RT também negativo e sem apresentar sintomas. Nessas condições, fica viabilizado o transplante, com termo de responsabilidade da equipe médica quanto ao risco e benefício para o paciente receptor.

Na rede estadual de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (Macma) e o Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) estão entre as unidades hospitalares notificantes para doação de órgãos.

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Fonte: Agência de Notícias do Maranhão