Retomando as atividades presenciais do projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas, a Justiça Eleitoral do Tocantins foi até as aldeias Canoanã e Santa Isabel, das etnias Javaé e Karajá, na última sexta-feira (8) e sábado (9/10). O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, participou da ação e marcou, pela primeira vez, a presença de um presidente de TRE em aldeia indígena da Ilha do Bananal.

“É com muita alegria que estamos realizando estas visitas, dialogando com as comunidades indígenas a respeito de temas importantes, voltados à efetivação plena dos direitos de cidadania e fortalecimento da democracia”, enfatizou o presidente do Tribunal. “Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo; garantir a participação do indígena é democracia.”

“Ficamos muito felizes e até emocionados. Pela primeira vez um presidente de Tribunal vem até a nossa aldeia e isso demonstra o compromisso da Justiça Eleitoral com os indígenas”, disse o vice-cacique Idiawu Javaé, da aldeia Canoanã, localizada no município de Formoso do Araguaia (TO). Por lá, cerca de 70 indígenas participaram da ação do projeto, incluindo o ancião Sewrê Karajá, o presidente da Associação da Aldeia Canoanã, Kanari Javaé, e o vereador indígena Robson Javaé.

Já na aldeia Santa Isabel, localizada às margens do Rio Araguaia, na divisa de Tocantins e Mato Grosso, o encontro dos indígenas com a Justiça Eleitoral contou com apresentação típica dos homens da aldeia para dar as boas-vindas à comitiva. “Eu ainda estou aprendendo a língua de vocês, mas espero passar aqui o privilégio que estamos sentindo em ter vocês aqui na aldeia. Espero que tenham gostado na dança que apresentamos para vocês”, disse o cacique Ijariwe Karajá. Também participaram do evento o cacique tradicional da aldeia, Sokrowe Karajá, o cacique da aldeia Watau, Iwyraru Karajá, e a liderança indígena do povo Karajá, Ijaruma Karajá.

Visitas

As visitas às aldeias são um momento para troca de experiências, diálogo sobre a necessidade de inclusão e participação dos indígenas na política, e orientações a respeito da urna eletrônica. Equipamentos são levados para as aldeia para que todos possam aprender a usar a urna ou tirar dúvidas a respeito dela. Para o coordenador do projeto, juiz eleitoral Wellington Magalhães, “o objetivo destas ações é o fortalecimento da participação do indígena na política brasileira, fomentar o voto consciente e a representatividade destes povos”.

O procurador federal Lusmar Filho destacou a importância da presença da Justiça Eleitoral nas aldeias. “A palavra de ordem é inclusão e o TRE com esse projeto está sendo modelo para todo o país. Acho muito importante porque o índio, como todo cidadão brasileiro, também tem que participar do processo político. Através do desenvolvimento desse trabalho certamente a conscientização vai ocorrer, os indígenas vão tirar suas dúvidas e vai ter todo o apoio do TRE para que se faça política com responsabilidade e respeitando todas as leis.”

Fonte: TRE-TO

Fonte: Portal CNJ