O Brasil alcançou em julho, pela primeira vez na história, a produção de 5 milhões de barris de petróleo e gás natural por dia. O recorde de 5,160 milhões foi divulgado nesta segunda-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que regula a indústria de óleo e gás.

Quanto ao petróleo, a ANP informou que a produção mensal foi de 3,959 milhões de barris por dia, representando um aumento de 5,4% em relação a junho e de 22,5% comparado a julho de 2024.

A produção de gás natural em julho foi de 190,89 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), com expansão de 5,1% em relação a junho e de 26,1% em comparação a julho de 2024.

A produção nos campos do pré-sal correspondeu em julho a 79,1% do total, atingindo 4,077 milhões de barris diários. Este número representa uma alta de 5,6% em relação ao mês anterior e de 24,2% comparado a julho de 2024.

As extrações do pré-sal foram realizadas em 169 poços. O campo mais produtivo é o de Tupi, na Bacia de Santos. Deste campo, foram extraídos quase 800 mil barris diários.

Individualmente, a plataforma que mais contribuiu para o recorde do mês foi o FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, também na Bacia de Santos, com 184,3 mil barris diários.

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Origem da produção

A ANP esclarece que as oscilações no volume de produção são afetadas por fatores como paradas programadas para manutenção, início da operação de poços, interrupções para manutenção ou limpeza, e início de instalação de plataformas.

Dentre o petróleo produzido no Brasil em julho, 97,7% vieram de campos marítimos. No caso do gás natural, 86,1% também são oriundos do mar.

A Petrobras, sozinha ou em parceria com outras empresas, é responsável por 89,78% da produção total de petróleo e gás natural.

O Rio de Janeiro lidera como o principal estado produtor, com 88% da produção nacional de petróleo e 77% do gás natural.

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa empresas do setor, o Brasil é o 8º maior produtor de petróleo do mundo. Os cinco maiores produtores – Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã – respondem por metade da produção global.

Queima de gás

Em relação ao aproveitamento de gás, a ANP reportou que alcançou 97,1%, significando que menos de 3% do gás dos poços é queimado na atmosfera. A maior parte (54%) é reinjetada nos poços, 33% são disponibilizados ao mercado e 10% são utilizados como fonte de energia pelas próprias plataformas.

Fonte: Agência Brasil