O secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, cumpriu nesta sexta-feira (6) agenda em São Paulo com foco no fortalecimento das políticas culturais para a periferia da cidade. A programação incluiu roda de conversa com coletivos da Zona Leste e visita à Vila Operária Maria Zélia, no bairro do Belenzinho.

Na parte da manhã, ele participou ao lado de representantes do MinC de um encontro com agentes, organizações e movimentos culturais da periferia da Zona Leste de São Paulo e apresentou um panorama das políticas culturais em curso.

“Investir em cultura é, sobretudo, investir em gente, talento, e criatividade – é apostar no que o Brasil tem de melhor, essa é a melhor das estratégias de desenvolvimento que possuímos. Por isso, a atuação, a presença e a colaboração de vocês com nosso Ministério são fundamentais e eu só tenho a agradecer, nestes dois anos e meio, o apoio que vocês têm dado às nossas políticas. Cada minuto do nosso trabalho é dedicado a transformar esse compromisso em ações concretas. Ainda é pouco – precisamos fazer muito mais –, e é nisso que estamos empenhados. Mas acredito que estamos construindo um caminho sólido para a institucionalização de políticas públicas culturais, para fortalecer o Ministério e para garantir que a cultura não seja acessória, mas central na estratégia de desenvolvimento do Brasil”, afirmou Márcio Tavares.

O encontro ocorreu no Centro Cultural Arte em Construção, sede do Instituto Pombas Urbanas, anunciado na roda de conversa como novo integrante do Comitê de Cultura de São Paulo.

Mirela Araújo, coordenadora-geral dos Comitês de Cultura do MinC, explicou que eles estão em todo o território nacional e são compostos por uma organização social celebrante e duas, três ou quatro parceiras que estão nos interiores. “Porque esse é o nosso objetivo. Territorializar as políticas públicas, chegar nos interiores, conversar com vocês sobre direitos culturais, sobre acesso às políticas públicas”.

O Comitê de Cultura de São Paulo é composto pela Unijovem Unimed, em Marilia, pela Associação para Preservação, Resistência e Resgate da Cultura Afrobrasileira de Araraquara – ONG Apprecaba, em Araraquara, pela Associação dos Amigos do Museu Caiçara – AAMUC, em Ubatuba, e agora o Pombas Urbanas.

O Projeto do Instituto Pombas Urbanas, denominado Rede Cultura e Comunidade, irá atuar em quatro territórios: Carapicuíba, Caeiras, Mairiporã e Franco da Rocha.

“A gente vai atuar nessas quatro regiões, proporcionando formações para que as coletividades, os agentes culturais, os movimentos possam ter acesso às políticas culturais, porque a gente acha fundamental que as pessoas consigam acessar essa ferramenta que são os editais e, enfim, as políticas culturais”, explicou Adriano Maurício, representante do Pombas.

A atividade contou com a participação de representantes políticos como o deputado federal Alencar Santana e os deputados estaduais Simão Pedro, presidente da Comissão de Cultura na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Rômulo Fernandes e Paulo Fiorilo.

Patrimônio histórico

No período da tarde, o secretário foi até a Vila Operária Maria Zélia, no bairro do Belenzinho, onde se reuniu com representantes da l Federação das Indústrias, Artes, Ofícios e Serviços da Cultura Afro-Brasileira (Filafro). A pauta incluiu a avaliação da proposta de cessão de uso de edificações atualmente inativas a coletivos culturais.

Construída entre 1917 e 1927 pela Companhia Nacional de Tecidos de Juta, a Vila Maria Zélia foi um modelo de vila operária com 193 edificações, incluindo casas, hospital, escola, teatro e capela. O conjunto é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também nas esferas estadual e municipal.



Fonte: Ministério da Cultura