Criado há 14 anos no Rio de Janeiro, o projeto Orquestra Maré do Amanhã é uma das iniciativas de formação musical mais respeitadas do país. Totalmente patrocinada via Lei Rouanet, a orquestra é composta por jovens do Complexo da Maré, conjunto de favelas que abriga mais de 140 mil pessoas. Nesta terça-feira (26), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, se reuniu com o diretor-Executivo e fundador da orquestra, Carlos Eduardo Prazeres, e sua equipe, que apresentaram a ação e conversaram sobre projetos.
“É uma satisfação receber, no Ministério da Cultura, representantes deste projeto tão grandioso que transforma a vida de tantas pessoas”, comentou a chefe da Cultura.
Carlos Eduardo, criador da iniciativa sociocultural para homenagear a memória do pai, o maestro Armando Prazeres; destacou a importância da Lei Rouanet para o trabalho. “É importante ressaltar que, depois de tudo que a gente passou nos últimos anos, a Lei serve para modificar vidas. Esse projeto só existe graças a ela”.
A orquestra começou com apenas 26 alunos e, desde 2010, teve efeito nas vidas de sete mil jovens, dos quatro aos 25 anos, graças ao ensino de música clássica. Está presente em 22 espaços da Maré, entre creches, Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI) e escolas municipais. Hoje, 3.500 crianças e adolescentes integram o projeto.
O objetivo é ensinar e alfabetizar crianças musicalmente para, no futuro, elas ensinarem outras. Do total de alunos, 40 deles se tornaram professores.
No ano passado, a Orquestra Maré do Amanhã foi eleita Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro.
Também já se apresentou para o papa Francisco no Vaticano em 2017; no réveillon do Rio de Janeiro, com Anitta, em 2018; e no Rock in Rio, em 2019.
A reunião contou ainda com as presenças do secretário-Executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa; e da secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins; além do diretor da orquestra Eduardo Tenório e da produtora Valéria Macedo.
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Fonte: Ministério da Cultura
