Nesta quarta-feira (12), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da cerimônia de lançamento do Programa Crédito do Trabalhador. O evento, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), contou com a presença de diversos ministros, entre eles, Rui Costa (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Fernando Haddad (Fazenda), além de parlamentares e representantes do setor financeiro.
Na ocasião, Lula assinou a Medida Provisória, que permitirá que trabalhadores da iniciativa privada, incluindo do setor rural, doméstico e microempreendedores individuais (MEIs), utilizem a Carteira de Trabalho Digital para acessar empréstimos com juros mais baixos em mais de 80 instituições financeiras que já operam com o INSS.
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Em seu discurso, o presidente destacou a importância do programa para facilitar o acesso ao crédito e melhorar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
“Isso será uma revolução neste país. Jamais em nenhum momento da história nós conseguimos fazer uma política de crédito que pudesse colocar, num curto e médio espaço de tempo, dinheiro em circulação”. Ele também ressaltou que a iniciativa não busca incentivar o endividamento irresponsável, mas sim proporcionar condições para que os trabalhadores utilizem o crédito de forma estratégica.
“A gente tem que fazer para comprar alguma coisa que melhore a nossa capacidade de viver melhor, melhorar a nossa casa, a educação dos nossos filhos. Melhorar a qualidade de roupas que nossos filhos vestem. Para isso a gente pega o empréstimo. Para tentar resolver um problema de doença, garantir que a pessoa possa ter um tratamento”, falou.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, explicou os prazos e a operacionalização do crédito: “a medida provisória dará condição, a partir do dia 21 de março, para que os trabalhadores possam acessar o crédito diretamente na Carteira de Trabalho Digital. Os bancos poderão operar na sua própria plataforma a partir do dia 25 de abril. O programa poderá atingir 47 milhões de trabalhadores formais do país, oferecendo taxas mais justas e um acesso mais barato à classe trabalhadora. Ele vai escolher a menor taxa, e as condições de análise serão disponibilizadas na plataforma”.
Cleide Silva, representante da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), celebrou a inclusão das trabalhadoras domésticas na iniciativa e destacou a importância da medida.
“Muito gratificante não ter esquecido das trabalhadoras domésticas. Estar na linha de crédito nos garante qualidade de vida. Conseguimos nos manter e estabilizar, ter um padrão de vida melhor”, disse.
Gabriel Bezerra, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Rurais (Contar), enfatizou o impacto positivo do programa para os trabalhadores rurais.
“É fundamental aprovar o Crédito do Trabalhador, para que possamos valorizar e garantir uma melhor qualidade de vida e renda. Queremos saudar essa iniciativa e cumprimentar o governo federal”, expressou.
A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, reforçou a relevância do crédito como ferramenta de inclusão financeira e social, que busca incluir e reduzir as desigualdades.
“Estamos falando da inclusão de mais 47 milhões de brasileiros que antes não tinham acesso a crédito ou, quando tinham, enfrentavam condições desfavoráveis. Hoje, estamos aqui para celebrar o acesso ao crédito dos trabalhadores brasileiros. O que estamos entregando é resultado de um esforço conjunto: taxas menores e mais atrativas”, analisou.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que o governo busca corrigir distorções no acesso ao crédito para trabalhadores de baixa renda.
“É um dia importante. Temos um presidente que cuida do Brasil e das pessoas. Antigamente, esses trabalhadores acessavam crédito com juros abusivos. Quem tem uma remuneração menor acaba pagando juros mais altos, o que significa menos comida dentro de casa. Agora, vamos poder olhar no olho da trabalhadora doméstica, do gari, do servente e dizer: você vai poder deixar mais comida no seu carrinho do supermercado e menos dinheiro na financeira”, disse.
Por fim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o crédito acessível democratiza oportunidades. “Se associarmos emprego, educação de qualidade e crédito acessível, podemos mudar a história do país. Queremos ampliar o acesso ao crédito barato. Esse programa que lançamos hoje é, sem dúvida, um dos mais revolucionários a médio prazo”, concluiu.
Fonte: Ministério da Cultura