Em todo o país, a Lei Paulo Gustavo (LPG) vem contribuindo para a viabilização de projetos culturais dos mais diversos. No Sul, mais de 1.100 pessoas conferiram a exposição de artes visuais Digitalismo: o Centenário do Modernismo no Brasil, apresentada de forma híbrida no Museu de Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), em Florianópolis, de maio a julho de 2024.
A mostra reuniu trabalhos do artista e idealizador do movimento que ressalta a influência da era digital em diversas formas artísticas, Cristiano Chaussard. O objetivo foi propor uma reflexão sobre a transição entre o antigo e o tecnológico, a fim de repensar os modos de criação, consumo e experiência nas mais variadas linguagens culturais.
“O caráter inovador da iniciativa, ao sugerir uma exposição aberta à experimentação digital, especialmente por meio de ferramentas generativas, foi um dos fatores determinantes para a visibilidade alcançada”, analisa o assistente de produção Caelan Noir Hosch Pereira, que atuou em parceria com a curadora e produtora cultural Christine Ribeiro, que morreu em março deste ano.
Os fãs de arte e tecnologia puderam apreciar 25 obras físicas e mais de 50 virtuais no museu e na Galeria Virtual 3D do Salão do Digitalismo. Foram reunidas criações de três coleções do artista: Pareidolia, Subexposição Microcosmos e Unrealism. Todos os trabalhos contaram com audiodescrição e alguns deles foram acessados por meio da realidade aumentada. Ainda foram feitos encontros com o artista.
A experiência incluiu ainda a projeção de obras nas paredes do MIS catarinense, acompanhadas de um curta-metragem no qual Cristiano lê o Manifesto do Digitalismo, disponível no YouTube. “Ele propicia ao artista um meio democrático, ágil e disponível para a sua produção, distribuição e divulgação. O Digitalismo liberta a arte dos poderosos intermediários”, afirma o artista no filme.
Contemplado no Edital Lei Paulo Gustavo LPG SC 2023 e executado com recurso do Governo Federal, por meio da Fundação Catarinense de Cultura, o projeto teve concepção, curadoria e produção executiva do Ateliê Chris Ribeiro Produções. O valor recebido foi de R$ 38.680,00.
Segundo Caelan, a soma foi fundamental para concretização da mostra. “Por meio dela, pudemos viabilizar a contratação da equipe de apoio da execução, movimentando a economia e o mercado de trabalhadores culturais da região de Florianópolis. Sem ela, também não seria possível realizar o curta”, argumenta.
Fonte: Ministério da Cultura