Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (11), no Real Gabinete Português de Leitura, foi lançada a marca Rio Capital Mundial do Livro, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A cidade do Rio de Janeiro é a primeira de língua portuguesa a receber essa designação. O evento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Na ocasião, a ministra e o secretário municipal de Cultura do Rio, Lucas Padilha, assinaram um protocolo de intenções entre o município e o Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (MinC), para estabelecer intercâmbio de informações e colaboração mútua na promoção de programas de formação, livro e leitura.

Homenagem ao legado literário

A ministra Margareth Menezes ressaltou que essa conquista para uma cidade de língua portuguesa reflete a riqueza literária carioca, que abriga nomes icônicos como Machado de Assis, Chico Buarque, Jeferson Tenório e Clarice Lispector. “Essas vozes moldaram a nossa cultura e fortaleceram a nossa identidade”, afirmou. “A literatura é uma ponte que nos conecta com outras realidades, que nos ensina a respeitar as diferenças e a abraçar a diversidade. É um motor de justiça social e uma fonte de inspiração para nossas vidas”, completou ela, que encerrou seu discurso interpretando Fanatismo, versão musicada de um poema da portuguesa Florbela Espanca.

A titular da Cultura estava acompanhada do secretário de Formação, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, da coordenadora-geral de Livro e Literatura, Andressa Marques, e do presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi.

Prêmio Viva Leitura 

O secretário Fabiano Piúba destacou as ações do MinC ao longo do Rio Capital Mundial do Livro. “O Ministério da Cultura conecta o evento com políticas públicas de livro, leitura, literatura e bibliotecas. Realizaremos aqui o lançamento do prêmio Viva Leitura, para reconhecer as boas práticas de leitura no Brasil. A ministra Margarete Menezes, como presidente do Conselho Geral do Cerlalc Unesco, o centro regional para fomento do livro na América Latina e Caribe, comandará a reunião do grupo. Há ainda o encontro da Redplanes, composta pelos responsáveis pelos planos nacionais de livro e leitura dos países ibero-americanos, América Latina, Caribe, Espanha e Portugal”, salientou, lembrando que tanto a Bienal do Livro do Rio quanto a Flupp, a festa literária das periferias, contam com o apoio da Lei Rouanet.

Rio Capital Mundial do Livro

O Rio assumirá oficialmente o mandato de Capital Mundial do Livro em 23 de abril, data em que se celebra o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor. Ao longo de um ano, a cidade terá programação especial voltada à promoção do livro e da leitura, além do fortalecimento de políticas públicas no setor. A Unesco reconheceu o município pela excelência de seus programas de promoção da leitura.

“O Rio é o livro sem ponto final. Aqui, histórias se realizam e realidades se superam. Ao longo deste ano, vamos trabalhar ainda mais pela cultura do livro e da leitura, traduzindo mais e melhores políticas públicas nas áreas de cultura e educação”, comentou o prefeito Eduardo Paes.

Políticas culturais: Aldir Blanc e outras iniciativas

Desde agosto de 2024, o Rio conta com R$ 5,14 milhões em recursos provenientes da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, repassados pelo MinC à Prefeitura. Esses valores têm subsidiado editais de ações literárias em espaços públicos, feiras de livros, Pontões de Cultura e capacitação de escritores, reforçando o tema livro, leitura e literatura nos territórios locais.

Durante a cerimônia, o prefeito também entregou prêmios a representantes de instituições que se destacaram na promoção da leitura, como a Festa Literária das Periferias (Flupp), a Bienal do Livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o Real Gabinete Português de Leitura, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), a Academia Brasileira de Letras (ABL), Unesco, Itamaraty e o MinC.



Fonte: Ministério da Cultura